domingo, 28 de março de 2010

Romantismo - Parte I


O que aconteceu com o romantismo?

Não, sério. Pare e pense: Onde foram parar os príncipes encantados dos contos de fadas? É... aqueles que matavam dragões para resgatarem suas princesas; vinham em seus cavalos brancos; nobres e elegante;
Tudo bem, príncipe encantado pode ser viagem demais. Mas cadê os homens que davam flores? Abriam a porta do carro? Esse tipo de coisa.
É bem verdade que essa falta de romantismo não é uma exclusividade masculina. Pois hoje em dia, se o cara, no primeiro encontro, leva a mulher pra jantar, paga, a leva para casa dela e tenta no máximo dar um beijo de despedida... SANTO DEUS!!! Ou ela vai sair por ai dizendo que arrumou um otário ou que esse cara é gay.
Para não entrarmos nesse mérito vamos entender a problematização por partes.
O que as pessoas de hoje tem contra encontros? É verdade, desde a palavra, ninguém chega para a garota, ou garoto, e diz: “Vamos marcar um encontro?” ou dizer para os outros “eu tenho um encontro hoje”. O máximo que se pode esperar de alguém é o comentário “vou sair com um(a) doido(a) aí.”
Se essas expressões ao menos fossem equivalentes tava tudo bem, pois aí a questão seria apenas semântica. Mas não. Um encontro requer muito mais que “conhecer um doido”. Um encontro é uma situação criada por uma, ou ambas as partes, para desenvolverem um ambiente propício para a conquista. Não se trata de uma questão de ganhar, se trata de uma questão de se mostrar da melhor forma possível para seduzir, encantar, envolver a pessoa desejada; ao mesmo tempo sem esperar ir pra cama com essa pessoa como “recompensa”.
A segunda parte da problemática é que a Modernidade matou o Romantismo. Antigamente quando um homem saia com a mulher ela com certeza reclamaria se no dia seguinte não recebesse ao menos uma ligação. Hoje em dia experimente não adicionar a pessoa no Orkut (???). É isso aí. Se colocar “namorando” no Orkut passou a ser considerado prova de amor chega-se a raiz do problema.
A velocidade que as coisas acontecem, que os relacionamentos acontecem fez com que as pessoas passassem a não terem mais tempo para serem românticas. Isso fez as pessoas se esquecerem de ser românticas, e em muito pouco tempo fez elas se esquecerem de como é ser romântico.
O resultado disso é uma sociedade que impõe relacionamentos passageiros, sexo casual, traição, casamentos relâmpagos, e por aí vai.
Se as pessoas passassem a se lembrarem de como é ser romântico talvez as coisas mudem. Talvez deixem de haver tantas gravidezes na adolescência, tantos divórcios e filhos de pais separados.
Para tentar fazer minha parte vou tentar lembrar as pessoas como era o finado romance.
Definições:
• Relativo ao romantismo: literatura romântica. / Diz-se de quem nas idéias, no caráter ou no temperamento, revela algo de apaixonado, de nobre, de lírico, que o eleva acima do prosaico, do cotidiano: amante romântico. / Que evoca o estado de alma e as emoções próprias dos românticos;

• Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo.